Foto: Sandra Corrêa |
Bandeira quadriculada para Brad Keselowski em Richmond, no último sábado (07), e, após quase 30 semanas, chegou o momento por que todos os fãs da Nascar esperavam: o início do novo Chase da Sprint Cup. Será o primeiro ano sob o novo formato, com eliminatórias a cada três das dez provas: na última corrida, em Homestead, apenas quatro dos 16 pilotos que começaram o playoff estarão aptos a erguer a taça de campeão – quem terminar melhor leva. A disputa começa neste domingo (14), em Chicago.
Depois de uma década com o modelo antigo, a Nascar decidiu começar uma nova era em sua mais nobre categoria, buscando valorizar a temporada do piloto como um todo, de modo que o título fique com aquele que tenha performances mais regulares e consistentes, sem que isso prejudique a emoção.
Como era
O Chase foi adotado em 2004, como uma espécie de playoff, em que 12 pilotos tinham o direito de brigar pelo título entre si. Após passar por algumas mudanças, o formato final utilizado até a temporada de 2013 funcionava assim: os competidores da Sprint Cup, disputavam, durante as 26 provas iniciais do ano, as 10 primeiras posições da tabela. Esses 10 competidores automaticamente se classificavam para o Chase – período que compreendia as 10 últimas etapas.
Quando entravam para o Chase, todos os participantes começavam com dois mil pontos, adicionando-se três pontos a mais para cada vitória que o piloto tivesse conquistado durante essas primeiras 26 provas. As outras duas vagas, para que se completassem os 12 candidatos, eram preenchidas por quem, do 11º ao 20º lugar, tivesse mais vitórias. Em caso de empate, o critério era a posição na tabela. Os 12 mais bem colocados, então, eram aqueles que tinham direito a disputar o título durante as últimas 10 corridas de cada temporada, sob o sistema normal de pontuação. Quem somasse mais pontos e, por consequência, terminasse em primeiro nessa tabela de 12 candidatos à taça, era o campeão.
Como é agora
O formato da temporada preliminar continuou valendo, com as 26 primeiras corridas sendo qualificatórias, e, as últimas 10, correspondentes ao período do Chase. Mas, ao invés de 12 pilotos, 16 entraram nos playoffs como candidatos ao título. Para se classificar, bastava vencer pelo menos uma dessas 26 etapas: 13 pilotos conseguiram o feito. A outras três vagas foram preenchidas por ordem de posição na tabela. Os competidores fora do Chase continuam correndo normalmente, pontuando sob o sistema regular.
Se mais de 16 pilotos tivessem pelo menos uma vitória, o critério de classificação seria a pontuação normal. Contudo, se o líder em pontos não tivesse triunfos, a ele seria concedido o 16º e último lugar no Chase.
O sistema de igualar para 2000 os pontos de todos os classificados para o Chase no início dos playoffs continua, assim como o bônus de 3 pontos para cada vitória obtida nas primeiras 26 corridas.
As dez últimas corridas são divididas, então, em três rounds independentes entre si, cada um contendo três etapas. Ao final de cada uma, quatro competidores são eliminados: ou seja, de 16 candidatos ao título, restam quatro na disputa real para a corrida final, em Homestead, que completa as 10 provas. Para avançar no Chase, é preciso ter ao menos uma vitória em cada um desses três rounds. Se houver posições disponíveis, elas são preenchidas com base nas pontuações dos pilotos em cada bateria, mesmo que eles não tenham vencido.
Quando o round termina, o placar pontuação é novamente resetado, para que, a cada início de uma nova bateria, os pilotos classificados estejam com a mesma quantidade de pontos.
Os três rounds
O “Challenger Round”
É o que abre o Chase, e consiste nas etapas de Chicagoland, New Hampshire e Dover. Quatro pilotos são eliminados nessa bateria de três corridas e, portanto, apenas 12 seguem para a próxima fase.
Uma vitória em qualquer uma das três pistas automaticamente classifica o piloto para o próximo round. As posições restantes são determinadas com base na pontuação conquistada durante as provas.
Os 12 pilotos do Chase que continuam na disputa tem seus escores igualados em 3000, antes do início da bateria seguinte.
O “Contender Round”
Compreende os circuitos do Kansas, de Charlotte e de Talladega. Mais quatro pilotos são eliminados, e apenas oito dos 12 que começaram na disputa seguem para a terceira fase.
A regra de que um triunfo em qualquer uma das três corridas significa a classificação para a bateria em seguida é válida aqui também. Assim como a determinação de que as posições restantes serão preenchidas de acordo com os pontos obtidos durante essas três corridas.
A pontuação é “zerada” e os oito competidores restantes começam a próxima fase com 4000 pontos cada.
O “Eliminator Round”
É composto por Martinsville, Texas e Phoenix. Somente metade dos oito competidores seguem adiante na disputa pelo título. Vale, novamente, a regra de que uma vitória em qualquer uma das etapas garante uma vaga para a fase seguinte: a grande final em Homestead. Assim, somente quatro pilotos terão direito à disputa do título na décima e última corrida da temporada.
A grande final - A corrida da taça
Dentre os quatro pilotos candidatos ao título, aquele que terminar melhor posicionado na etapa final, em Homestead, leva a Sprint Cup.
Nessa corrida, há a peculiaridade da ausência de bônus por voltas lideradas, enquanto nos rounds anteriores esse sistema funciona normalmente.
Para os pilotos que vão sendo eliminados conforme as regras dos rounds, os pontos são resetados para 2000 ao final da conclusão da bateria que deixou o competidor de fora do restante do campeonato. Eles continuam a pontuar normalmente nas corridas restantes, sem novos ajustes. Assim, a pior posição que um piloto que saia da disputa pelo título logo no Challenger, por exemplo, pode terminar o campeonato, é a de 16º.
Confira os classificados:
1. Brad Keselowski – 2012 pontos e 4 vitórias (Las Vegas, Kentucky, New Hampshire e Richmond - setembro)
2. Jeff Gordon – 2009 pontos e 3 vitórias (Kansas, Indianápolis e Michigan)
3. Dale Earnhardt Jr. – 2009 pontos e 3 vitórias (Daytona - fevereiro, Pocono - junho e Pocono - agosto)
4. Jimmie Johnson – 2009 pontos e 3 vitórias (Charlotte, Dover e Michigan)
5. Joey Logano– 2009 pontos e 3 vitórias (Texas, Richmond - abril e Bristol - agosto)
6. Kevin Harvick – 2006 pontos e 2 vitórias (Phoenix e Darlington)
7. Carl Edwards – 2006 pontos e 2 vitórias (Bristol - março e Sonoma)
8. Kyle Busch– 2003 pontos e 1 vitória (Fontana)
9. Denny Hamlin – 2003 pontos e 1 vitória (Talladega)
10. Kurt Busch – 2003 pontos e 1 vitória (Martinsville)
11. Kasey Kahne – 2003 pontos e 1 vitória (Atlanta)
12. Aric Almirola – 2003 pontos e 1 vitória (Daytona - julho)
13. AJ Allmendinger – 2003 pontos e 1 vitória (Watkins Glen)
14. Matt Kenseth – 2000 pontos
15. Greg Biffle – 2000 pontos
16. Ryan Newman – 2000 pontos
Fonte: www.foxsports.com.br